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Publicado em 22 de maio de 2025 às 19:30
Em um cenário desafiador na economia mundial, com guerra tarifária em curso, polarização política e outras incertezas, as oportunidades de crescimento e desenvolvimento am pelo aumento da presença no comércio internacional. Nesse sentido, um dos caminhos para produtores agrícolas e empresários a pela capacidade de agregar valor e tecnologia à produção de alimentos no Espírito Santo.>
Essa é a avaliação do economista Eduardo Giannetti, que falou sobre o desenvolvimento econômico e perspectivas para a indústria brasileira durante o Encontro da Indústria, evento realizado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) nesta quinta-feira (22), em alusão ao Dia da Indústria, comemorado no próximo domingo (25).>
Gianetti destacou a vocação industrial do Espírito Santo, evidenciada pela participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB).>
"Há muita incerteza em relação aos desdobramentos e aos fatos que presidirão os próximos capítulos dessa iniciativa atabalhoada tomada pelo governo populista (o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a diversos países). Mas uma coisa é certa: criou uma instabilidade e uma desconfiança em relação às regras do jogo do comércio internacional", afirmou o economista.
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Giannetti citou alguns caminhos para se destacar e se desenvolver num cenário de incertezas. Segundo o economista, é o momento em que o Brasil pode ser beneficiado com as mudanças se colocar a casa em ordem, o que para ele consiste em aumentar a participação manufatureira agrícola e de serviços num comércio internacional, que busca por diversidade, segurança, confiabilidade e recursos de energia renovável.>
Para Giannetti, o caminho é seguir os os dos poucos países do mundo que nas últimas décadas conseguiram vencer a chamada "armadilha da renda média". Ele explicou que são nações que vão bem nos estágios iniciais do desenvolvimento econômico, saindo da pobreza, e alcançam um padrão mediano na rede média, mas não conseguem dar sequência de convergência com os países de renda alta por habitante. >
"Todos os 14 países, sem exceção, conseguiram fazer esse movimento aumentado a exportabilidade do PIB, aumentado a presença no comércio internacional e a fatia do que vende para o mundo daquilo que produzem comercialmente", descreveu o economista.>
Giannetti apontou ainda as três principais categorias a respeito do tema:>
Eduardo Giannetti
EconomistaNo caso do Espírito Santo, Giannetti destacou que, nesse cenário, um grande desafio para a indústria do Espírito Santo é agregar valor à produção alimentar. Ele lembra que, com toda a vantagem e tecnologia presente, há a possibilidade de ser um player de primeira ordem na oferta alimentar global.>
Sobre os alimentos, ele lembra que a primeira coisa que as pessoas fazem quando am a ter renda maior é melhorar a dieta, o que faz com que haja mais demanda por proteína animal. Ele destaca a oportunidade do país nesse caso. Mas alerta que é preciso agregar valor aos produtos e não continuar preso à lógica da exportação predatória.>
"O Brasil pode melhorar muito a sua presença na exportação de manufaturados. Temos recursos naturais e capital natural decisivo para entrar nesse jogo, especialmente energia limpa e renovável, já que 90% da nossa geração elétrica é limpa. Temos recursos naturais, minérios, minérios raros e agrícola. Temos que saber agregar valor", afirma.>
O Encontro da Indústria 2025 homenageou nomes que contribuíram para o fortalecimento da indústria capixaba ao longo do último ano. O anfitrião do evento e presidente da Findes, Paulo Baraona, enfatizou a importância de reconhecer e celebrar a contribuição dos homenageados para a indústria capixaba e nacional.>
Neste ano, quatro grandes personalidades foram condecoradas com as medalhas do mérito concedidas pela Findes e pela CNI: o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (Medalha da Ordem do Mérito Industrial CNI); o presidente do Sindicato da Indústria de Papel, Papelão, Cartonagem e Celulose (Sindipacel) e diretor de Relações Corporativas e Licenciamento Ambiental da Suzano, André Brito (Medalha do Mérito Industrial Findes); a empresária e presidente do Sindicato da Indústria de Produtos de Cacau e Balas, Doces e Conservas Alimentícias (Sindicacau), Maíra Welerson (Medalha do Mérito Empreendedor); e o empresário e presidente do Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário (Sindimol), Vitor Guidini (Medalha do Mérito Sindical).>
Também foi entregue o troféu Amigo da Indústria, que reconhece gestores e líderes que se empenham para o desenvolvimento e fortalecimento da indústria capixaba, ao diretor de Pelotização da Vale, Rodrigo Ruggiero.>
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