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Publicado em 27 de abril de 2025 às 07:19
A enfermeira Maristela dos Santos de Almeida, 37 anos, moradora de Castelo, no Sul capixaba, conta como a devoção em Nossa Senhora da Penha a guiou durante duas gestações desafiadoras, marcadas por um tratamento contra leucemia e uma doença degenerativa na coluna. A devota, que sempre foi ligada à fé católica, acredita que a intercessão da santa foi fundamental para a cura do câncer no sangue na primeira gravidez e para o nascimento saudável do segundo bebê, no dia da padroeira do Espírito Santo. >
A fé, que já era parte da rotina familiar, tornou-se ainda mais presente diante dos obstáculos que enfrentou. Foi durante o tratamento da leucemia que Maristela vivenciou o que chama de seu primeiro milagre ao descobrir que estava esperando seu primeiro filho, Davi, hoje com 12 anos.>
Maristela dos Santos de Almeida
EnfermeiraAnos depois, enquanto enfrentava sequelas devido ao tratamento da leucemia, Maristela recebeu um novo diagnóstico: doença degenerativa e neuropática na coluna, o que a afastou do trabalho por três anos. Com o uso de remédios fortes, a recomendação médica era não engravidar. Mas, em 2023, veio o inesperado: uma nova gravidez.>
O susto inicial deu lugar ao medo. "Eu estava emagrecendo, tomando medicação muito forte. Quando descobrimos a gravidez, foi um baque, porque havia o risco para mim e para o bebê", conta, emocionada.>
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Nesse período, a fé de Maristela mais uma vez mostrou-se forte. Mesmo sem conseguir participar das tradicionais procissões ou subir ao Convento da Penha devido à saúde debilitada, ela manteve a devoção. "Em 2022, subi ao convento de muletas, 22 dias após uma cirurgia. Quando não pude ir, minha mãe foi pagar uma promessa por mim e colocou meu nome e da bebê lá", lembra.>
O nascimento de Ana Valentina, de 1 ano, sua segunda filha, veio carregado de simbolismo. Maristela entrou em trabalho de parto na data dedicada a Nossa Senhora da Penha, em abril de 2024. "Minha mãe dizia que Nossa Senhora tinha falado com ela que eu ia ganhar a bebê naquele dia. E assim aconteceu", relata.>
O parto, apesar dos riscos, ocorreu sem complicações graves. Os médicos haviam marcado uma cesárea na 39ª semana da gestação, mas Maristela não poderia receber uma dose alta de sedação. Com isso, os profissionais recomendaram esperar até que a bolsa estourasse. >
Maristela dos Santos de Almeida
EnfermeiraPara as mães, que assim como ela, aram ou am por gestações de alto risco, Maristela deixa uma mensagem. "Nunca perca a fé. Mesmo quando tudo parece impossível, acredite. A fé é saber que, mesmo no alto-mar, com a correnteza querendo te derrubar, quem está no comando é Jesus, e ao lado dele, Nossa Senhora.">
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