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Publicado em 11 de junho de 2025 às 18:42
A redução gradativa dos indicadores de homicídio pode levar o Espírito Santo a um novo patamar histórico: fechar 2025 com menos de 700 assassinatos. Essa é uma projeção feita pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) levando em consideração os dados registrados nos primeiros meses do ano. >
De janeiro a maio, o Espírito Santo contabilizou 320 homicídios dolosos e feminicídios, o que representou uma redução de quase 20% em relação às 395 mortes violentas registradas no mesmo período de 2024. Mantida a tendência de queda e aplicando o mesmo índice, 2025 pode terminar com cerca de 680 assassinatos. >
O diretor-presidente do IJSN, Pablo Lira, afirma que esses estudos têm sido feitos ao longo dos anos e, em 2024, a projeção de redução nos homicídios foi acertada no comparativo com 2023. >
"A hipótese que a gente utiliza é, caso nenhum fator atípico aconteça, quais são os possíveis cenários? Considerando que, no acumulado até o início de maio, houve uma redução de cerca de 20% nos homicídios, a gente projeta esse valor para ter o resultado", pontua. >
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Pablo Lira reconhece que se trata de uma previsão otimista. Porém, mesmo em um cenário mais moderado, com queda equivalente à que foi observada no ano ado, o Espírito Santo pode alcançar mais um feito histórico. "Se a redução for de 10%, ou seja, metade do que temos até agora, pela primeira vez teríamos menos de 800 homicídios registrados no Estado", ressalta. >
Para o presidente do IJSN, o bom desempenho do Espírito Santo é resultado das ações do Estado Presente, que combina estratégias de prevenção, como educação e cultura em áreas vulneráveis, com repressão qualificada, em que é utilizada a tecnologia associada à inteligência policial. >
Nesse contexto, Pablo Lira destaca outro dado que considera relevante: também de janeiro a maio, 744 homicidas foram presos no Espírito Santo, deixando as ruas e reduzindo a possibilidade de prática de novos crimes.>
"Essa é uma forte evidência científica da relevância da repressão qualificada do programa Estado Presente para reduzir os homicídios. Esse eixo envolve a governança do programa, que integra os trabalhos das forças policiais, do Poder Judiciário, Ministério Público, defensoria e outras instituições", conclui.>
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