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Veja quem são funcionários vítimas da explosão em fábrica de São Mateus

Veja quem são funcionários vítimas da explosão em fábrica de São Mateus

Lorran Marques da Conceição, de 19 anos, morreu no momento do acidente; já Kauã Felix Rocha, da mesma idade, sofreu queimaduras e foi levado de helicóptero para hospital na Serra

Publicado em 22 de maio de 2025 às 11:29

Vítimas da explosão em fábrica de São Mateus: Lorran à esquerda e Kauã à direita
Vítimas da explosão em fábrica de São Mateus: Lorran à esquerda e Kauã à direita Crédito: Montagem com fotos de Acervo Pessoal

No momento da explosão na fábrica termoquímica na localidade de Paulista, em São Mateus, no Norte do Espírito Santo, ocorrida na manhã de quarta-feira (21), havia dois funcionários trabalhando no local. Lorran Marques da Conceição, de 19 anos, morreu no momento do acidente, e a outra vítima é Kauã Felix Rocha, da mesma idade, que sofreu queimaduras e foi levado de helicóptero para o Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra, referência para esse tipo de atendimento médico.

A reportagem de A Gazeta conversou com Raiane Nunes Felix, mãe de Kauã, que contou que foi ao hospital no mesmo dia do acidente para reconhecer o filho, que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela afirma não ter recebido informações sobre o estado de saúde do jovem, e disse que deve fazer uma nova visita nesta quinta-feira (22) para saber como ele está.

"Ele tinha se casado recentemente, estava feliz. Trabalhava na fábrica há cerca de um ano e meio e gostava do trabalho, gostava do patrão", disse a mãe de Kauã.

Vítima sofreu queimaduras no corpo e foi levada por helicóptero do Notaer de São Mateus, onde ocorreu a explosão em uma fábrica, para hospital na Serra; outro funcionário morreu no acidente

Jovem que morreu era funcionário recente

O rapaz que morreu em decorrência da explosão, Lorran Marques da Conceição, de 19 anos, segundo a prima, estaria fazendo um trabalho manual quando o acidente ocorreu. Helen Kerlle Marques da Silva, de 36 anos, disse que a família do primo mora próximo ao local e que ouviu a explosão. O jovem foi reconhecido pelas vestimentas e os calçados que ele usava.

“A explosão foi muito forte. Todo mundo foi atrás para ver o que tinha acontecido. Reconhecemos as vestimentas e os calçados que ele usava. A minha mãe foi lá. Familiares reconheceram ele”, disse a prima de Lorran.

A Polícia Científica (PCIES) informou que a perícia foi acionada às 12h20, e que o corpo de Lorran foi encaminhado à Seção Regional de Medicina Legal (SML) de Linhares.

O outro lado

Um representante legal da Voi Termoquímica, responsável pela fábrica, se posicionou sobre o ocorrido, mencionando "falha humana" como possível causa da explosão. Em entrevista à repórter Viviane Maciel, da TV Gazeta, Camilo Hemerly alegou que o acidente ocorreu em função de "um rompimento de gás devido a estímulo mecânico", provavelmente, segundo o sócio da empresa, causado por falha humana. Ele disse que o funcionário que morreu e o que ficou ferido "têm seguro de vida fornecido pela empresa, que também já presta todo apoio aos familiares".

Camilo disse ainda que "a fábrica é 100% regulamentada e o galpão, onde o acidente aconteceu, foi construído seguindo recomendações do Exército Brasileiro". Segundo ele, o local da explosão "trata-se de uma nova unidade, inaugurada há pouco mais de um ano", explicou o sócio da empresa.

O Conselho Regional de Agronomia e Engenharia (Crea-ES), ainda na quarta-feira, solicitou a interdição da fábrica e informou que irá realizar uma vistoria no local nesta quinta-feira (22).

Cronologia

  • Pouco antes de 11h começaram a circular nas redes sociais imagens de uma nuvem de fumaça, estilhaços de vidros de casas, e cenário de "terra arrasada" no local onde funcionava a empresa. 
  • O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado pouco depois de 10h, e mencionou que a explosão teria ocorrido em uma "fábrica de explosivos", em Paulista, São Mateus.  
  • Depois, a corporação se corrigiu. Disse que "na análise inicial da cena, considerou-se a hipótese de o local funcionar como fábrica de fertilizantes, o que depois foi descartado. Trata-se de uma empresa especializada na fabricação de produto inflamável utilizado pela indústria de mineração para o rompimento de rochas." 
  • Conforme o Corpo de Bombeiros, "a empresa é legalizada e registrada junto aos órgãos de fiscalização competentes. O sinistro destruiu completamente o galpão e tudo que havia em seu interior". 
  • Familiares confirmaram a morte do jovem Lorran Marques da Conceição, de 19 anos. Disseram que ele estava trabalhando no local havia pouco tempo. Outra pessoa, ainda não identificada, foi socorrida com queimaduras, e encaminhada por um helicóptero do Notaer ao Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra. 
  • Uma prima de Lorran disse que o jovem estaria manuseando explosivo quando ocorreu o acidente. "A explosão foi muito forte, ele estava manuseando. Todo mundo foi atrás para ver o que tinha acontecido. Uma vítima foi para o Jayme, e ele (Lorran) foi o que morreu. Só tinha os dois naquele momento. Estamos aguardando a perícia para fazer o recolhimento. Reconhecemos as vestimentas e os calçados que ele usava. A minha mãe foi lá, familiares reconheceram ele", disse Helen Kerlle Marques da Silva, 36 anos
  • Moradores da região relataram um barulho bem alto de explosão, que causou um tremor. Há registros de residências com vidros quebrados. Helen disse que a família de Lorran mora perto da fábrica e sentiu o impacto do acidente. "Vimos tudo. Muita gente foi lá logo após a explosão. Muitas casas tiveram os vidros estilhaçados", contou à reportagem.
  • A Polícia Científica (PCIES) informou que a perícia foi acionada às 12h20, e que o corpo de Lorran foi encaminhado à Seção Regional de Medicina Legal (SML) em Linhares.
  • Camilo Hemerly, um dos sócios da Voi Termoquímica – razão social Verde-Oliva Indústria Termoquímica Limitada (LTDA) – de sólido inflamável que explodiu nesta quarta-feira (21), conversou com a repórter da TV Gazeta, Viviane Maciel, e deu sua versão dos fatos, mencionando "falha humana" como possível causa da explosão.
  • Camilo minimizou a explosão, chamando-a de um "acidente". Segundo ele, "não se tratou de uma explosão e sim de um rompimento de gás devido a estímulo mecânico", provavelmente, segundo o representante legal da empresa, causado por falha humana.
  • Disse que, no momento do acidente, apenas dois funcionários estavam na fábrica: um morreu e o outro foi socorrido com vida. Acrescentou que os dois "têm seguro de vida fornecido pela empresa, que também já presta todo apoio aos familiares".
  • Segundo o representante da empresa, "a fábrica é 100% regulamentada e o galpão, onde o acidente aconteceu, foi construído seguindo recomendações do Exército Brasileiro", e que o local da explosão "trata-se de uma nova unidade, inaugurada há pouco mais de um ano".

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