Publicado em 31 de maio de 2025 às 07:59
No dia 31 de maio, o mundo volta sua atenção para os impactos causados pelo uso do tabaco. A data, marcada por ações de conscientização, também evidencia avanços importantes no combate ao fumo. No Brasil, por exemplo, o número de fumantes vem diminuindo de forma constante, reflexo de estratégias bem-sucedidas implementadas ao longo dos anos. >
Entre essas iniciativas, destaca-se a disponibilização de apoio gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que combina medicamentos como bupropiona e adesivos de nicotina com acompanhamento psicológico. >
Segundo o Prof. Dr. Martim Elviro, docente do curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina, o principal obstáculo para quem deseja largar o cigarro está na dependência química e psicológica que o tabaco provoca. “O cigarro gera uma dependência extremamente difícil de superar, com crises de abstinência intensas em muitos casos. Por isso, o tratamento combinado, com medicamentos e terapias não farmacológicas, é essencial”, explica. >
Conforme o Prof. Dr. Martim Elviro, novas formas de fumo têm ganhado espaço entre os jovens, exigindo atenção redobrada. “A conscientização sobre os danos à saúde, apoiada a campanhas educativas, tem sido um fator crucial para essa diminuição. Porém, o aumento do consumo de alternativas, como os vapes e narguilés, trazem um novo cenário que precisa ser abordado com urgência”, alerta. >
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Para ele, esses novos produtos têm atraído a juventude por associarem o consumo de tabaco a uma imagem de modernidade e socialização, o que complica ainda mais os esforços de combate. “É uma forma de consumo mais disfarçada, mas não menos prejudicial”, completa. >
Cigarros eletrônicos e vapes podem ser ainda mais prejudiciais do que o cigarro tradicional. “Há evidências crescentes de que o uso de vapes causa uma dependência mais forte e pode levar a doenças respiratórias graves, como a insuficiência respiratória grave, conhecida como EVALI. A situação é alarmante, e é necessário que políticas públicas ainda mais severas sejam implementadas, além de um posicionamento claro sobre o caráter ilegal do uso desses dispositivos”, alerta o Prof. Dr. Martim Elviro. >
A luta contra o tabagismo continua sendo uma das maiores batalhas de saúde pública do mundo. Embora o Brasil tenha avançado significativamente na oferta de tratamentos e no esclarecimento da população sobre os riscos do cigarro, o país ainda possui uma parcela grande da população que deseja parar de fumar. Para o Prof. Dr. Martim Elviro, a chave para o sucesso no tratamento do tabagismo está em uma abordagem empática e respeitosa. >
“Em nossa prática clínica, aprendemos que é fundamental combinar terapia cognitivo-comportamental com o tratamento medicamentoso. Mas o verdadeiro segredo está em entender se o paciente está pronto para parar de fumar. É uma decisão pessoal, e o papel do médico é respeitar o tempo de cada um, com empatia e compreensão”, destaca. >
Abaixo, o Prof. Dr. Martim Elviro lista algumas dicas para quem deseja parar de fumar. Confira! >
Decida um dia específico para largar o cigarro e se prepare psicologicamente. Anote as razões pelas quais você quer parar e revise essa lista sempre que sentir a necessidade de fumar. >
Consultar um médico ou especialista em saúde pode ajudar a identificar as melhores opções de tratamento, como terapias comportamentais ou medicamentos, como adesivos de nicotina ou bupropiona, que podem reduzir os sintomas de abstinência. >
Muitos fumantes recorrem ao cigarro como uma forma de aliviar o estresse. Experimente técnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda ou atividades físicas para ajudar a controlar o estresse sem o cigarro. >
Identifique situações ou ambientes que o incentivam a fumar, como festas ou momentos de ansiedade , e busque evitar ou alterá-los. Se você fuma socialmente, pode ser útil evitar esses momentos enquanto estiver em processo de cessação. >
Parar de fumar é um processo gradual, e recaídas podem ocorrer. O importante é não desanimar. Cada tentativa é um o mais próximo de alcançar o objetivo. Se ocorrer uma recaída, aprenda com a experiência e continue o tratamento. >
Por Nágila Pires >
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